Bom, sabemos que quando se trata de anime, o uso de CGI, as técnicas em 3D, podem não agradar a muitos. Mas, quando bem usado, não fica interessante? Não, não estamos aqui para falar de algum bait como Ex-Arm (2021), hoje vamos falar e recomendar Dorohedoro!

Dorohedoro (2020) é a versão adaptada de um mangá de mesmo nome dos anos 2000, que conta a história de Kaiman, um homem com cabeça de lagarto atormentado pela própria aparência bizarra e seus pesadelos sem pé nem cabeça. Em busca de respostas sobre o que houve com ele, o homem-lagarto e sua parceira Nikaidou, responsável pelo restaurante Hungry Bug e deliciosas gyozas que Kaiman é viciado, vivem no Buraco, um lugar sombrio e decrépito, onde feiticeiros, sujeitos mascarados que utilizam de uma fuligem de cor preta para cometer atrocidades, fazem o que querem com os pobres moradores por diversão.

Como você pode esperar de uma obra que traz horror em seus gêneros, a ambientação e o clima do Buraco e também do mundo dos feiticeiros é cheia de carnificina e tudo que há de mais grosseiro e bagunçado. Tudo parece muito sujo e corrompido. É a atmosfera perfeita que nasceu com as incríveis ilustrações do mangá, de Hayashida Q, abusando das sombras e riscos afiados, que nos vai passar diversas sensações com o pique comédia da história.

Mas, e a adaptação para anime? Os estúdios Mappa, que utilizam bastante do 3D em suas obras, buscaram o CGI para passar a estranheza clássica de Dorohedoro, com uma paleta de cores mortas e designs bastante fiéis. O anime também traz a comédia de forma esquisita, então não se perde a essência da obra na versão animada. É uma história incrível que merece ser vista da forma que você achar melhor! Ah, e é uma história com muitos sneakers.
O anime pode ser encontrado na Netflix e o mangá é publicado aqui no Brasil pela Panini, então você pode conferir as duas formas que a história mirabolante e cheia de reviravoltas de Dorohedoro é. O mangá é terrivelmente mais extenso que os doze episódios do anime, então tem muita história para você rir e achar absurdo cada situação. Ei, Mappa, quando teremos uma segunda temporada?