


Falae, meu povo da lindeza! Quem vos fala é o Sora, trazendo mais uma análise de Shingeki no Kyoujin para vossas senhorias, dessa vez com um episódio que, apesar de ser bem parado, eu diria que foi um dos melhores episódios dessa temporada, justamente por trazer um assunto muito importante a mesa e que reflete bastante na nossa atual sociedade. Ficou curioso sobre? Então chega mais!
O episódio começa com a grande fuga das crianças do centro penitenciário da ilha de Paradis, ou algo assim. É nessa fuga que podemos o quão nocivo aquela doutrinação que Marley fez na Gabi, onde ela simplesmente não consegue enxergar o Povo da ilha como pessoas de fato, mas sim como ameaças e monstros a serem exterminados, como foi no caso do soldado que foi checar como ela estava, que apesar dele estar preocupado com ela, a mesma assassinou ele brutalmente, afinal era apenas monstros terríveis, não é mesmo?
O Falco, que também fora preso junto dela, era o que, digamos assim, mediava a situação, já que ele é uma pessoa empática e sabe que aquelas pessoas da ilha são gente como a gente, por assim dizer, e isso é crucial para a situação que eles acabaram por se colocar, no caso serem resgatados da floresta pela família da Sasha, a mulher que a Gabi assassinou.



Ironias do destino…
Nisso somos cortados para outras duas subtramas interessantes, falando sobre as mudanças de rumo e as contradições de ideias. Pra falar a verdade, esse episódio é todo calcado em contradições, e pessoas acreditando que fariam que fariam ou estão fazendo uma coisa considerada boa e virtuosa, mas que na realidade não é tudo preto no branco, a chamada desilusão. É o caso da Range, que no começo dizia que a verdade deveria ser dito a todos, mas que agora estava escondendo a verdde sobre o Eren com medo das coisas ruins que poderiam ocorrer. O mesmo acontece com a Mikasa, que sempre utou para defender o Eren e agora estava do lado daquele que estão “contra” ele.



Desilusões das nossas vidas
Mas o momento da discussão chega quando a Gabi e Falco chegam na casa da Sasha, ainda sem saber disso, e eles agem como órfãos naquele lugar, ou pelo menos tentam, já que a Gabi é muito doutrinada e quase não consegue conviver com aquele povo. Até que a menininha que a Sasha salvou na 2ª temporada percebe que eles são de Marley e após outra tentativa de assassinato, eles resolvem conversar.
Essa menina fala da história dela, onde ela ficou para trás com a sua mãe, já que essa não conseguia andar direito, e acabou por presenciá-la ser comida viva por um titã, mas que apesar de tudo fora salva pela irmãzona Sasha. Mas mesmo assim ela se sente indignada, querendo saber o motivo de aquilo ter acontecido, o motivo da mãe dela ter morrido. A Gabi imediatamente fala que é uma justiça feita por causa dos eldianos do passado, devido as barbaridades do passado, todos na ilha deveriam morrer! Contudo, por que eles deviam morrer? Eles nunca cometeram nenhuma barbaridade, então por que eles deveriam ser punidos por aquilo? Por que essa culpa deveria cair sobre pessoas inocentes? Isso a Gabi não soube responder…



Não existe reposta pra isso
Essa discussão é muito boa, pois respinga na nossa realidade. Muitos movimentos sociais usam como base de suas teses a dívida histórica, onde um determinado grupo social deve pagar, ser distratado por causa de seus antepassados que haviam destratado o grupo social que o movimento representa. Mas será que isso é justo? Por que eu devo herdar os pecados dos meus antepassados? Eu nunca destratei ninguém, então por que eu devo pagar? Essas pessoas não sofreram aquilo que seus antepassados sofreram, então por que se deve pagar algo que não foi cometido contra uma pessoa que não sofreu aquilo? De fato, algo a se pensar.
Mas apesar de tudo, esse episódio teve uma cena pós-crédito, onde mostra que, apesar de estarem enfraquecidos com o ataque do Eren, eles não podem esperar! O contra-ataque de Marley deverá ser imediatamente, no momento que o povo da ilha menos espera, coo sugere o Reiner.
E essa foi a resenha, um bom episódio, que te faz pensar sobre uma situação bem atual. Shingeki foi muito bom em trazer temas contemporâneos para a mesa, e apesar de resolver esse problema ser algo bem utópico, pelo menos levantar essa discussão já é um bom começo. E bom pessoal, essa foi a resenha! Até a próxima.



O Contra-Ataque começa!