Entrevista com Eric Araki e Leonardo Wille, Country Manager do Brasil e Community Manager de Pokémon GO, respectivamente

Eric e Leo contam mais sobre o estado do jogo no Brasil e como o Pokémon GO vem alavancando cada vez mais em novo país!

De Lauris
19 minutos de leitura

Tivemos o privilégio de entrevistar Eric Araki e Leonardo Wille na gamescom latam, dois dos maiores nomes de Pokémon GO no cenário brasileiro, com Eric tendo uma passagem extensa com Pokémon, sendo o editor da Pokémon Club, a maior revista voltada a Pokémon no Brasil no início dos anos 2000, e Leo, que trabalhou no maior evento brasileiro de Pokémon GO, a Zona do Safári de Porto Alegre, que contou com mais de 22 mil jogadores.

Entrevista:

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): A comunidade de Pokémon GO vem crescendo cada vez mais no Brasil, e a Niantic, com o tempo, vem dando mais atenção aos brasileiros. Como está sendo preparar os eventos junto com a comunidade para os locais no Brasil?

Leonardo Wille: Essa experiência tem sido incrível. As comunidades de Pokémon GO no Brasil existem desde antes da gente começar nossas operações aqui, temos grupos que começaram lá em 2017, 2018, e até hoje essas comunidades de jogadores se reúnem e realizam os eventos, preparam suas atividades, encontram seus amigos no mundo real e essa é uma experiência incrível. E é muito gratificante para a gente poder parte disso. Então o nosso trabalho aqui na Niantic, no que tange as comunidades, é de identificar quais são esses grupos onde eles estão jogando, dar suporte a estes grupos, entender suas demandas, suas necessidades, e empoderar essas comunidades para que elas possam crescer ainda mais. As comunidades do Pokémon GO no Brasil tem algumas particularidades. Primeiro, elas são muito apaixonadas, assim como todos os brasileiros são por esportes, por cultura, e os jogadores de Pokémon GO não são diferentes. Eles são extremamente apaixonados e engajados, e são também muito organizados. A gente vê que diversas comunidades tem sua própria estrutura, seu líder, sua equipe de organização de eventos mesmo, e essa é uma estrutura toda feita pelos jogadores para os jogadores para que eles possam desenvolver estas atividades. Então, a gente encontrou um cenário muito legal, e nos últimos anos, principalmente nestes últimos 9 meses, a gente está tentando desenvolver ainda mais esse cenário, permitir que estas comunidades cresçam ainda mais e permitir que mais jogadores façam parte desta experiência. Então por isso a gente tem um projeto de desenvolvimento de comunidade chamado Club Campfire, este projeto está disponível no Brasil, em toda a América Latina e no Sudeste Asiático, só no Brasil já temos 80 comunidades em 65 cidades participando e essas comunidades levam quase 20 mil jogadores para os parques todo o mês durante os Dias Comunitários e o que a gente faz nesse projeto é trazer esse suporte para esses grupos. Nós melhoramos a experiência de jogo no parque onde eles celebram os Dias Comunitários, nós enviamos kit de brindes oficiais e mais materiais que ajudam a organizar os eventos, nós damos visibilidade para essas comunidades, mas a gente quer realmente empoderar os grupos e permitir que eles cresçam conjunto, mantendo esses laços de amizade e todos esses aspectos positivos que a gente vê nesses eventos, então a gente vê famílias inteiras jogando juntos os Dias Comunitários, Horas de Reide e todos os eventos semanais e mensais. A gente vê jogadores de todas as idades, dos mais novos aos mais velhos, de todas as origens possíveis, e essa é uma experiência que para a gente, na Niantic, ela é essencial, ela é incrivelmente relevante, é um dos nossos pilares de desenvolvimento aqui no Brasil, trabalhar com essas comunidades, e a nossa vontade daqui para a frente é continuar crescendo ainda mais com esse projeto, trazendo ainda mais comunidades participantes e permitindo que todas as regiões, todos os estados no Brasil tenham essas experiências incríveis pertinho de onde os jogadores estiverem.

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): Nos últimos anos, tivemos vários eventos para a América Latina, como por exemplo o Dia dos Mortos e o Carnaval do Amor. Como está é o processo de criação para estes evento exclusivos da América Latina e Brasil, principalmente?

Eric Araki: Essa é uma ótima pergunta, pois a Niantic aprende bastante com os fãs em cada um dos locais das regiões em que temos jogadores. Então, um dos aprendizados quanto ao Carnaval do Amor, para a criação do Carnaval do Amor, foi que o Valentine’s Day não é uma coisa que a gente celebra aqui no Brasil. O Dia dos Namorados acontece em Junho para a gente, e nem é Valentine’s… as pessoas ficam cansadas de “Nossa, evento de Valentine’s Day, que legal…”, só que não é um negócio que acontece aqui, e por isso que durante o Carnaval do Amor desse ano, na concepção dele, a gente trouxe esse fato de que a celebração ia acontecer muito próxima do Carnaval, que é a maior celebração no Brasil, é o evento pelo qual o Brasil é conhecido lá fora, e exatamente por conta disso, a gente conseguiu fazer com que o evento fosse celebrado de uma forma diferente aqui no Brasil. Enquanto foi um evento que misturava um pouco do Valentine’s Day com o Carnaval, então ele foi um Valentine’s Day mais festivo, mais divertido, mais dançante no mundo inteiro, e aqui no Brasil ele foi um Carnaval cheio de amor, que é exatamente o que o Carnaval deve ser. Ele deve ser o momento de celebração, em que todo o mundo se junta, celebra junto, e foi algo muito legal, a gente poder fazer exatamente esse tipo de coisa aqui no Brasil. A gente celebrou lá no Rio de Janeiro, que é a cidade que vem a cabeça quando você fala de Carnaval. A gente celebrou no Rio de Janeiro, com as comunidades no Rio de Janeiro, elas se juntaram para participar do evento, e foi uma experiência muito legal que demonstrou a paixão do público brasileiro por aquilo que é feito para ele. O brasileiro ta acostumado a receber um conteúdo mais enlatado, um conteúdo que já vem pronto, que vem criado para o mundo inteiro. E quando nós brasileiros recebemos um conteúdo criado especificamente para a gente, abraçamos de uma forma tão calorosa, com tanta paixão e respondendo de uma forma tão legal, que incentiva a vinda de mais eventos como esse, a criação de novas ativações como essa, e é por isso que a gente está conseguindo trazer cada vez mais coisa. Acabamos de ter um filme, o primeiro filme de Pokémon GO criado no Brasil, totalmente concebido por equipes brasileiras, e filmado em português, e forma como a comunidade abraçou isso por termos trazido nesse filme influenciadores brasileiros, criadores de conteúdo brasileiros e todo um clima muito brasileiro, a comunidade abraçou de uma forma muito boa e reagiu de uma forma muito boa. Você já imaginava que iria ver uma de música de Pokémon em uma batida funk? Pois é, foi exatamente o que aconteceu, o público brasileiro adorou e o resultado está aí. A gente sendo capaz de trazer coisas mais legais cada vez mais para o brasileiro.

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): Eric, como foi ser editor da Pokémon Club? Isso impactou pra hoje, você tá trabalhando com Pokémon GO?

Eric Araki: Eu trabalho com Pokémon desde 2000, tendo sido editor da Pokémon Club, tendo realizado diversos campeonatos pra Game Boy, pra Gold, Silver, Red, Blue e Yellow, então é uma lembrança muito legal. Foi uma época incrível, a oportunidade de trabalhar com a primeira revista oficial de Pokémon no Brasil foi uma experiência incrível. Conhecer todos os fãs, conseguir reunir 400 pessoas em um campeonato de Game Boy em 2000, vindas de diversos estados do país, foi uma experiência muito legal. Mas quando você lembra desse período… É claro como tudo era muito mais difícil. Era muito mais difícil você se comunicar com as pessoas, era muito mais difícil você jogar com as pessoas, era muito mais difícil você organizar um evento. Tudo era muito mais difícil. E tudo era muito grass roots, né? Tudo era muito… Tudo era mato e a gente tinha que criar tudo e transformar em algo legal. E mais ainda para o brasileiro, existiam eventos lá fora, eventos acontecendo, produtos sendo lançados, todos esses jogos e videogames que eram lançados lá fora e que a gente só podia sonhar com. O brasileiro não tinha, e eu vejo muito disso, quando a gente passou da geração Gold e Silver para a Ruby e Sapphire, as pessoas não tinham como adquirir o Game Boy Advance. Então durante muito tempo a gente permaneceu jogando Gold, Silver e Crystal. A gente permaneceu com os campeonatos dessa geração Por conta da realidade brasileira E olhar pra como era tudo aquilo lá atrás E olhando pra hoje como isso cresceu, em que a gente tem campeonatos exclusivos de Pokémon Com milhares de pessoas batalhando, participando durante vários dias com fãs de Pokémon TCG, Pokémon GO, Pokémon VGC, todas as versões competindo e se divertindo e confraternizando juntas e vendo como o jogo hoje, ter todos esses milhões de jogadores mensais aqui no Brasil é algo muito legal e é recompensador você conseguir trazer todos aqueles eventos com que a gente só sonhava, as coisas que a gente sempre queria ter pra gente quando éramos muito novos, quando éramos jovens treinadores sonhando com as coisas que aconteciam lá fora, ter a oportunidade de trazer esse tipo de coisa pros treinadores dessa nova geração, não tem preço. É… foi… e até… ontem a gente tava tendo uma entrevista muito legal com um grupo de jornalistas e aí eu falei, poxa, eu trabalhei na Pokémon Club, eu fui editor da Pokémon Club e quando eu falei isso, deu pra notar que um deles, ele deu uma mudada, ele deu um efeito. E aí depois da entrevista ele veio falar, caramba, eu era leitor da Pokémon Club. Eu aprendi a ler pra ler a Pokémon Club. E imagina, sabe? É algo muito legal que, assim, não tem preço. Então é muito legal mesmo.

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): Leo, como foi planejar a Safari Zone de Porto Alegre, o primeiro evento presencial do Brasil e do Hemisfério Sul? Como foi as escolha de cidade e local do evento?

Leonardo Wille: É uma voltinha no tempo. O Safari Zone de Porto Alegre foi o nosso primeiro evento, como você comentou, e foi um evento de muito aprendizado e uma experiência inesquecível para todos nós. Foi nos primeiros seis meses do início de operação da Niantic no Brasil, a gente viu um crescimento extraordinário, estratosférico. E no momento do Safari Zone a gente chegou no maior número de usuários no Brasil de muito tempo. E que a gente já passou hoje em dia, mas que naquela época foi um número de usuários incrivelmente expressivo. Tinha milhões de treinadores de Pokémon GO em todo o Brasil. Então a primeira coisa que a gente queria trazer era isso, era fazer o primeiro evento do Hemisfério Sul da Niantic. O primeiro evento oficial de Pokémon GO no Brasil. Um dos primeiros eventos de Pokémon da franquia no país também. E a escolha da cidade passou por uma série de critérios, desde o apoio público, a conversa com o poder público para viabilizar o espaço, para viabilizar todas as estruturas necessárias, foi muito importante. E essa é sempre uma conversa que demanda tempo, que demanda a apresentação do projeto, e que a prefeitura entenda o escopo do que está sendo realizado, entenda a importância para a população e, claro, para os jogadores. Mas tem também a ver com o fato de ser o primeiro evento na América Latina, primeiro evento no Cone Sul. A gente quis trazer uma experiência que pudesse trazer não só jogadores de todo o Brasil, como foi o que aconteceu, mas jogadores de toda a América do Sul participando dessa experiência. Então naquele momento a gente aprendeu muito dentro da Niantic para fazer essa experiência, pegamos os modelos que já existiam de alguns outros eventos e adaptamos ele para a cultura local do Brasil, para uma cidade que ainda tem até hoje um grupo de jogadores, uma comunidade muito estabelecida, muito engajada e muito forte. E a gente trouxe aquela experiência para também com que os jogadores da América do Sul pudessem aproveitá-la. Então tivemos um percentual significativo de jogadores da Argentina, do Chile, do Peru, da Colômbia, do México também, mesmo sendo um pouco mais distante. A população da América Latina, não somente do Brasil, mas dos outros países, abraçou muito essa causa. E foi lá que a gente viu o desenvolvimento também de outras comunidades que seguem jogando até hoje. Então tivemos influenciadores, tivemos líderes de comunidade que até hoje estão jogando, estavam lá naquele primeiro evento com a gente. Foram mais de 20 mil pessoas ao longo de três dias e foi uma experiência inesquecível. E é uma experiência que até hoje a gente guarda com muito carinho, porque foi o primeiro grande evento que a gente trouxe para o Brasil. Foi uma experiência que permitiu que a gente aprendesse muito sobre a cultura brasileira, sobre a cultura dos jogadores Pokémon GO no Brasil. E algo que a gente… que a gente pretende continuar fazendo, a gente quer sempre trazer esse tipo de experiência incrível pros nossos jogadores, porque o brasileiro merece. Como o Eric tava comentando, há 20 anos atrás, há mais tempo, era uma situação muito difícil fazer um evento, realizar alguma coisa, e eu sou muito grato por poder fazer parte daquela equipe que trouxe um dos grandes eventos pro Brasil, e queremos continuar trazendo essas experiências pra cá.

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): A GO Fest do 2024 ta chegando, e na apresentação, vimos que teremos um Ginásio físico na Avenida Paulista, em São Paulo. Como foi o processo e planejamento desse projeto?

Eric Araki: Essa é uma pergunta muito legal, porque a gente, como jogadores, fãs e muito apaixonados por Pokémon GO, a gente sempre viu… os ginásios que eram feitos em outras regiões. A gente teve o primeiro ginásio físico no México e foi algo muito legal porque era uma estrutura colossal de muitos metros e ele era muito legal. A gente também teve alguns exemplos de ginásio no Japão, a gente teve outro exemplo de ginásio no último Go Tour ou Go Fast, no último Go Fast nos Estados Unidos, então A gente sempre olhava pra isso e falava, caramba, a gente quer isso aqui, a gente quer mostrar isso pros brasileiros, a gente quer trazer isso pros jogadores brasileiros, mas tem que ser muito legal. E foi quando a gente resolveu trazer esse projeto pra cá, abraçar esse projeto, e criando ele o mais fidedigno possível com o que os jogadores encontram dentro do jogo. Então ele vai ser uma estrutura… bastante grande, ele tem mais de 8 metros, ele muda de cor de acordo com o time que for tomar o ginásio dentro do jogo, então ele vai ter um ginásio dentro do jogo exatamente no mesmo lugar, quem tomar esse ginásio vai ser refletido no ginásio físico, e é algo muito legal, a gente espera que todo mundo vai querer tomar esse ginásio, todo mundo vai querer que o seu time esteja lá, representado, vamos lá Valor! E a gente consiga… E a gente consiga trazer essa experiência que os jogadores brasileiros sempre sonhavam, sempre olhavam, sempre falavam, caramba, e se isso acontecesse aqui? Agora tá acontecendo. Então a gente realmente quer que os brasileiros aproveitem bastante e possam conquistar esse ginásio.

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): O Clube Campfire ajuda muito a comunidade brasileira e está se expandindo para cada vez mais países, como a Índia. Como é o projeto de seleção de países para qual o programa está se expandindo?

Leonardo Wille: A gente tem uma série de fatores para fazer a seleção dos países e na verdade na Niantic a gente tem tantas comunidades participando ao redor do mundo. que a gente tem até mais de um projeto de comunidades suportando os grupos de treinadores ao redor de todo o planeta. Então, nos mercados que a gente chama Emerging Markets, ou os mercados em desenvolvimento, esses são os mercados de atuação do nosso time, então naturalmente todos esses mercados fazem sentido para nós ativarmos o Clube Campfire. Fez mais sentido ainda a gente começar… Com esse projeto no Brasil, é um país que já tinha um ambiente de comunidades muito legal, já tinha grupos muito desenvolvidos, e a gente decidiu começar aqui por uma iniciativa nossa, de entender que era um passo necessário para amplificar e melhorar a experiência do Pokémon GO no país. Em seguida, claro, a América Latina também fez muito sentido pelos mesmos fatores. A gente tem comunidades extremamente engajadas, principalmente no Chile, na Argentina, no México, são países que já tinham comunidades antes do projeto e agora tem ainda mais. E aí a seleção dos outros países, ela funciona também com base em critérios internos de seleção desses locais, mas também no nível de engajamento que a gente vê e no nível de engajamento potencial de cada um desses países. A gente vê que em alguns desses locais, como na Índia, na Indonésia, até na Tailândia, o Pokémon GO não estava disponível até pouco tempo atrás, ou não tinha localização, a tradução do jogo para esses locais. Uma vez que a gente conseguiu essas traduções, que a gente conseguiu fazer o jogo estar disponível na língua local, então em Hindi, na Índia, Barraça, na Indonésia, a gente viu que um passo necessário para melhorar essa experiência, trazer os jogadores e permitir que eles tivessem uma experiência de jogo boa, foi lançar esse programa. Então a gente preparou diversos lançamentos e preparou também o lançamento do Clube Campfire. E a gente tem a sorte também de ter um outro projeto. de desenvolvimento de comunidade, chamado Community Ambassador, ou de embaixadores da comunidade, não líderes, é um pouquinho diferente. E na Niantic esses dois projetos ocorrem de maneira paralela e os dois projetos trazem suporte para países diferentes ao redor do mundo. Então o programa de embaixadores está disponível na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá, em parte da Europa e em alguns países da Ásia também. O programa do Clube Campfire está disponível na América do Sul, na América Latina. e nesses países do sudeste asiático. Mas o objetivo com os dois projetos é sempre o mesmo, trazer suporte para as comunidades locais e empoderar essas comunidades para que elas continuem crescendo. E para a gente, como brasileiros, como latinos, faz muito sentido entender a cultura local e poder adaptar e trazer essa cultura para o nosso projeto. Uma coisa bem única do Clube Campfire. e que a gente se orgulha muito e tenta sempre manter como um dos pilares do nosso desenvolvimento, é o fato dele trazer a cultura local de cada país, um gostinho dessa cultura… para a cara do programa. Então no Brasil você pode ver que ele tem um logo que mostra locais icônicos do Brasil, pontos turísticos, mas o projeto na América Latina tem o mesmo logo com uma adaptação, mostra os locais icônicos de toda a América Latina, mostra locais do México, da Argentina, do Chile, e no Sudeste Asiático é a mesma coisa, a gente pôde adaptar um pouquinho da cara do projeto, um pouquinho de como ele funciona para todos esses países, são países extremamente relevantes, são mercados gigantes como a Índia. A Indonésia também, o Brasil, claro. Então todos esses fatores a gente leva em consideração para trazer a experiência do Clube Campfire. É uma experiência única para todos os países, com uma carinha local, mas a gente também tenta sempre equiparar. O jogador no Brasil vai ter uma experiência muito legal, assim como o jogador no México, assim como na Índia e em qualquer outro país que o programa esteja ativo.

  • Gianlucca Di Schiavi (Otakus Brasil): A campanha Redescubra Pokémon GO Brasil teve resultados incríveis, como o Brasil sendo um dos países com o maior número de novos jogadores e recordes em Dias Comunitários. Como surgiu a ideia e como foi o projeto da campanha?

Eric Araki: Quando o brasileiro… como eu estava falando agora há pouco, o brasileiro está muito acostumado a receber o conteúdo enlatado, conteúdo padrão que já vem pronto de outros países. Mas quando ele recebe alguma coisa criada para eles, criada para a gente, eles abraçam com muito fervor, muito amor. E foi exatamente por isso, depois dos resultados do Carnaval do Amor, depois dos resultados de alguns eventos que a gente realizou, o Goal Tour aqui no Brasil, que aconteceu lá no Goal Tour Global, que aconteceu lá no Rio de Janeiro, a gente resolveu que era o momento para a gente criar uma campanha exclusiva criada no Brasil. O objetivo era trazer isso… o período das férias, o objetivo era criar algo muito brasileiro, o objetivo era trazer e trazer a presença de criadores de conteúdo, influenciadores brasileiros como easter eggs na apresentação, o objetivo era criar algo genuinamente brasileiro e que a gente sabia que os criadores, os treinadores brasileiros iam abraçar e amar e foi o que aconteceu. Tchau! Ele foi um sucesso muito grande, ele esteve em dezenas de estações de metrô, teve em centenas de pontos de mobiliário urbano, ele esteve nos canais em diversas superfícies do Google aqui, e esteve principalmente, mais do que em todos esses lugares, ele esteve na boca dos jogadores. Eles foram os principais a compartilharem, eles foram os principais a falar Caramba, olha que legal, é a música de Pokémon Go numa batida funk, caramba! Nossa, eu conheço uma dona Lourdes! Sabe, isso é muito legal, porque a gente sabe que a gente tem um público 60 a mais muito grande aqui no Brasil Que de repente começou a jogar com os netos, começou a jogar com os filhos jovens adultos que agora continuam jogando e de repente jogam até melhor do que os próprios netos e filhos. E muita gente fala, caramba, eu conheço uma dona Lourdes, caramba, eu sou a dona Lourdes do meu grupo. Isso é muito legal, eu tenho ouvido muito disso e o fato da gente também ter colocado o Harjef, ter colocado o Áureo, ter colocado o Peloso, ter colocado o Caio, caramba, foi muito legal. Eles também gostaram muito, abraçaram muito. conseguiram manter o segredo, mais do que tudo eles conseguiram manter o segredo porque foi um período muito longo de produção, mas quando eles viram o resultado final eles ficaram muito felizes e a gente ficou ainda mais feliz pelo público brasileiro ter abraçado tudo isso com muito amor e nos motiva, nos incentiva a trazer coisas cada vez maiores. Então, vamos, continue assim que a gente quer responder da melhor forma possível.

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